sábado, novembro 18, 2023

Jogja

Jakarta é a capital económica, escolhida pelos holandeses para sede da VOC (companhia das índias holandesas) no sec. XVII nunca mais parou de crescer e se modernizar, mas Java central foi desde o início dos tempos o símbolo da identidade, o espírito de Java e resistência ao colonialismo. 
Sede de sultanatos que mantiveram sempre (ou quase) a sua independência e que ainda hoje têm estatuto especial na Indonésia. 
Yogyakarta chamada de Jogja, é ainda governada pelo Sultão, mantem as suas tradições, é o local onde o idioma indonésio é mais puro e é ponto de acesso aos 2 mais importantes locais arqueológicos da Indonésia (a publicar em breve).
Jogja é ainda assim uma cidade original, por exemplo: é difícil achar um restaurante ou bar ou café ou padaria que venda cerveja ou sirva comida ocidental, apesar da maioria serem destinados a turistas. O trânsito à volta da cidade velha parece semelhante a Jakarta, mas a avenida Malioboro tem uma vida própria, parece que tudo se passa aqui e é uma porta aberta para o estilo de vida e maneira de ser indonésio. Bem de manhã é local para o jogging aproveitando os passeios largos, mas à medida que vão abrindo os cafés e chegando os vendedores dos mercados de rua e os vendedores de comida a rua enche (tornando-se impossível correr sem esbarrar com alguém), até ao final do dia quando fecham a estrada a carros e as famílias passeiam antes e/ou depois do jantar, e de madrugada os estudantes invadem os passeios largos fazendo rodas à volta de violas que tocam ao som das carruagens de cavalos que a essa hora tem a rua para si. 
A comida de rua tem fama nacional e tem pratos que se dizem da sua criação como o frango com caril de jaca (de que andei à procura mas não achei).
Fotos da avenida Kembang, da avenida Malioboro, do antigo palácio do governador, 8 do excelente museu Sonobudoyo (museu de arte antiga e artesanato mais conhecido como museu das máscaras), 8 do palácio Kraton (palácio do Sultão) incluindo peças históricas como o vestido de noiva da mãe do Sultão e o serviço de chá usado na recepção a governantes estrangeiros, 4 de Taman Sari (conhecido como o castelo de água).





























quinta-feira, novembro 16, 2023

Por entre os espinhos do "grande durião"

Jacarta é o principal ponto de entrada em Java, a ilha mais populosa do mundo, em 2020 ultrapassou os 150 milhões, apesar de Jacarta ter "só" 11 milhões.

É conhecida pela alcunha de "o grande durião", imitando a maçã com que se batizou Nova Iorque. O durião é uma fruta da família da Jaca e Fruta-pão mas mais espinhosa e bem fedorenta (primeira foto).


A alcunha acenta bem. Jacarta é uma cidade feia e difícil. Muito trânsito, muito lixo e smog nas ruas, é difícil atravessar a estrada e quase ninguém fala inglês. As motas circulam por todo o lado, mesmo nos passeios ou nos mercados de rua apinhados de gente. Mesmo o bom sistema de paragens de autocarros não nos serve se a informação sobre o destino de cada autocarro não estiver disponível.

A zona histórica do período colonial holandês conhecida como "old batavia" é sobria e sensaborona, tal como a catedral do início sec. XX. A mesquita é um edifício bem mais recente e grandioso mas em que parece ter sido dada prioridade à funcionalidade em vez da estética. O Monas é o monumento nacional símbolo de Jacarta, símbolo da governação de Suharto é mais extravagante que bonito, e com intermináveis filas de turistas (principalmente nacionais) para subir ao topo.
As seguintes fotos são 2 de Monas, 3 da mesquita, 3 da catedral, o palácio presidencial, 6 de old batavia e 4 da China town local, com um mercado de rua e um templo budista.






















segunda-feira, novembro 13, 2023

Indonésia

invadir

verbo transitivo

1. Entrar como por direito próprio em.

2. Penetrar em.

3. Assenhorear-se de.

No dia em que Lisboa é invadida pelos vendedores (e compradores) de banha da cobra do sec. XXI eu vou embora.

Vou invadir o último país que invadiu Portugal.