sábado, agosto 19, 2006

Adeus Austrália, até breve

Podia viajar pela Austrália mais 2 anos que não enjoava.
É certo que há sitios no mundo mais atraentes, mas todos eles têm um senão: o Rio é perigoso e demasiado povoado, a Polinésia é cara e só tem casais em lua-de-mel, Fiji Este não tem praia e nem vida nocturna, Fiji Oeste tem muitos turistas e não tem mergulho, mas para a Austrália não consegui encontrar um ponto fraco. Á partida pensei que seriam as grandes distâncias entre as principais cidades mas até isso revelou-se mais uma das atracções.
Os locais são simpáticos e tratam bem quem os visita. Alojamento, transportes, comida e bebida são a preços razoáveis, para quem tem paciência para procurar, e mesmo nas zonas com mais turistas os mais chatos ficam concentrados nas principais praias durante o dia e nos principais bares à noite e há sempre suficiente de ambos para que os consiga evitar.
Quando voltar a este país (não demora muito) pretendo começar por onde terminei, no Northern Territory, mais concretamente em Darwin, que só me escapou desta vez por falta de tempo, e explorar um pouco do the top end: Kakadu, Katherine, the Kimberley e Broome, e depois a costa este até Perth, também com algumas paragens para praia e mergulho pelo caminho (pelo menos em Ningaloo e Shark Bay). O resto fica para quando lá chegar, até porque alguns dos melhores momentos desta viagem foram passados em locais que não previa parar como Mission Beach ou as Blue Mountains.
Alguns do pormenores mais pitorescos da Austrália:
- fazem vinho de banana e manga.
- fazem gelados fabulosos com sabores como jaffa, english toffee, irish cream ou japonese green tea.
- as bebidas alcoolicas não se vendem senão numa bottle shop drive thru, um conceito interessante se pensarmos no slogan “se conduzir não beba”.
- a maioria dos restaurantes são B.Y.O. (bring your own), poupam na licença para venda de alcool e os clientes ficam felizes por beberem o vinho que já conhecem.
- a quantidade mínima das bebidas não alcoolicas, incluindo a coca-cola, fanta, 7up, água, etc, é 600 ml, não se vendem latas de 330 ml nem garrafas de meio litro.
- grande quantidade de tours e empresas especializadas no turismo local. Tudo o que se possa querer aparece num pacote turistico (por exemplo: 2 dias numa zona de praia deserta+1 dia numa fazenda do interior+1 dia de visita guiada a um parque natural ou 1 dia de skydiving+1 dia de mergulho+1 dia de rafting, tudo com ou sem transporte, com ou sem refeições, com ou sem alojamento). Os tours e guias são tantos que um simples trajecto que não os inclua é chamado de self-guided walk. Além de inglês fazem-se tours em 3 outros idiomas, nada de Francês, Alemão ou Espanhol, aqui fala-se Japonês, Coreano ou Chinês (Madarim?).
- os grey-nomads, assim chamados devido á cor do seu cabelo, são algums milhares de reformados australianos que no início de cada inverno pegam na sua auto-caravana e invadem Queensland e o Northern Territory. No fim fo inverno voltam a Sydney, Melbourne ou Adelaide.
- a música walsing mathilda, o hino não oficial da Austrália, conta a trágica história de um ladrão de ovelhas que se suicidou num billabong para não ser preso.
- há 17 tipos de “roos” diferentes: o canguru cinzento, o canguru vermelho, o canguru de pata preta, o euro, o wallabee, etc.
Podia ficar o dia inteiro a escrever sobre a Austrália, mas tenho a Malásia á minha espera...

sexta-feira, agosto 18, 2006

Alice Springs e Western Macdonnels Ranges

As últimas fotos da Austrália: uma vista de Alice Springs, o telegrafo (o primeiro edifício) e alguns canyons de Western Macdonnells Ranges (incluindo Ellery Creck Big Hole, Simpsons Gap, Glen Helen, 2 fotos de um dos mais famosos locais onde os aborigenes conseguem as cores para o ocre das suas pinturas e as 3 últimas fotos de Standley Chasm).









quinta-feira, agosto 17, 2006

Kings Canyon

Não é tão conhecido como Uluru ou Olgas, talvez porque para os aborigenes não passa de uma reserva de água, mas para mim foi a melhor parte dos 4 dias de tours à volta de Alice Springs.









quarta-feira, agosto 16, 2006

Mais Uluru (Ayers rock) e Kata Tjuta (Olgas)

6 fotos em Uluru, 3 em Kata Tjuta e um "baby roo" da especie Euro que reconhemos na estrada a caminho de Uluru (a "mother roo" foi atropelada).
Todos demos sugestoes para o seu nome mas foi a minha a escolhida - chama-se Stuart, porque foi encontrado na Stuart Highway.









terça-feira, agosto 15, 2006

Festa no Peredo

Tivesse eu o meu juízo todo estaria agora na festa do Peredo dos Castelhanos a "curtir que nem um doido".
Não se pode ter tudo...

segunda-feira, agosto 14, 2006

Mais umas fotos da viagem do recife ao calhau

As fotos são da "minha casa" durante 3 dias (reparem no lema impresso: "Para aqueles que acreditam que a viajem é tão importante como o destino"), os malucos que viajaram comigo na linha Alice-Darwin (sem risco, só há um comboio por semana), 4 fotos de Middleton (aparece em muitos mapas da Autrália, mas habitantes são só 3), o bar mais pequeno do mundo (figura no Guinness) e 3 fotos do "imaginário" autraliano, pelo menos desta parte do país, um "triple road truck", alguns camelos selvagens (sabiam que a Austrália os exporta para o Médio-Oriente?) e dois cangurus cinzentos (observem bem, há um filhote escondido pela árvore).








domingo, agosto 13, 2006

A viagem do recife ao calhau

No início estava com algum receio por causa das muitas horas de viagem sem nada para ver senão deserto mas acabou por revelar-se uma das melhores partes da minha estadia na Austrália. Fizemos em média perto de 6 horas por dia no autocarro mas paramos pelo menos a cada 2 horas em locais espetaculares.
Mas o melhor foram mesmo os meus colegas de viagem, o grupo tinha todo o tipo de pessoas com interesses diferentes mas cada qual numa ou altura revelou-se realmente interessante, divertido e útil à sanidade de todos.
Ficam algumas fotos.