sábado, dezembro 04, 2021

Palanque

As ruínas de Palenque estendem-se por mais de 15km quadrados e mais 2200 edifícios mas apenas meia-dúzia estão exploradas por arqueólogos, em nenhuma é possível entrar ou subir ao topo e a maior delas está coberta de andaimes.

Imenso potencial mas falta de recursos e burocracia.

A selva em volta esconde a grande maioria e eventualmente as raízes destroem e escondem o exterior mas preservam o interior, como se vê nas 2 últimas fotos em que de pequeno buraco junto a uma raíz se vê uma habitação intacta no subsolo.










quinta-feira, dezembro 02, 2021

Cachoeira Misol-ha

Já muito próximo da cidade de Palenque a cachoeira Misol-ha.







Cachoeiras Água Azul

O parque das cachoeiras água azul é um lugar especial. Caminhamos durante 1km ao lado do rio de cachoeira em cachoeira, nunca muito grandes.

Desde de que comecei a planear esta viagem ao México que figurava como parada obrigatória.













quarta-feira, dezembro 01, 2021

San Cristobal de las Casas (SCDLC)

San Cristobal é uma cidade com alma, resistente às adversidades, com uma luz própria por estar a 2200 metros de altitude num vale rodeada por pinheiros apesar de estar nos trópicos.

As igrejas têm cada uma a sua côr além do branco, a maior parte das casas são de origem colonial, têm só um piso e cores garridas, as estradas e passeios são de basalto. É mais tosca do que bonita mas é perfeita a combinar com os indígenas de Chiapas com as suas vestimentas coloridas.

Foi considerada "El Más Mágico de los Pueblos Mágicos de México" (pueblo mágico é um programa governamental em que aldeias ou cidades são protegidas devido à sua riqueza cultural).














segunda-feira, novembro 29, 2021

Grutas

Visita às grutas da zona. 5 fotos das de Rancho Nuevo e 4 das de Arcolete.













domingo, novembro 28, 2021

Chiapas, Zapatistas, Chamuna e Zinacantán

Chiapas é conhecida pelo seu eterno estado de rebelião, parece que se arrepende de em 1824 ter aderido ao México em detrimento da Guatemala. Desde então revoltas a cada 20 anos, governadores assassinados (e assassinos), estado pioneiro no México nas invasões de terras que levaram à reforma agrária e na criação de organizações sindicais, até à revolta mais conhecida - a insurreição de 1994 do Exército Zapatista de Libertação Nacional, inspirados por Cuba e com ligações à ETA e fortemente apoiados pelos indígenas.
Apesar de derrotados militarmente o movimento sobrevive, corta estradas e exige o pagamento de apoio para a causa, saques, roubos e atos de vandalismo, sempre em nome da causa sempre com muito apoio local. A revolta tem a sua razão: 76% da população de Chiapas vive abaixo da linha de pobreza, exageradamente alto mesmo comparando com outros estados vizinhos que não dependem do turismo - Tabasco (50%) e Campeche (44%), e até os 59% da Guatemala.
Dentro da lei, várias comunidades indígenas ditam as suas próprias regras e impõem-se como estados dentro do estado. O caso mais radical é o do município de San Juan Chamula.
Os chamulanos são notoriamente independentes.  Por exemplo, eles ignoram o "horário do governo" oficial, portanto, há uma diferença de hora de uma hora com a vizinha San Cristóbal a apenas 10km. Além disso, a violência não é desconhecida. Em 2016, o presidente de câmara foi morto a tiros na praça principal em frente à igreja.  San Juan Chamula tem sua própria força policial e o seu próprio tribunal indígena que nem o supremo tribunal mexicano se atreve a contrariar, o estado de direito aqui é um tanto arbitrário.
A religião também é diferente, sendo uma amálgama de um catolicismo deturpado com crenças indígenas. Não é cristo o símbolo de adoração máxima mas São João Batista. O chão da igreja está coberto de caruma de pinheiro, os fiéis sentando em grupos familiares e acendem velas à sua frente do no chão para os seus pedidos aos santos.
Zinacantan é outra dessas comunidades fechadas a estranhos e muito fiéis às suas tradições, apesar de bem menos radical.
As fotos são 3 de Chamula (a igreja antiga que ardeu, e que os chamulanos se recusam a reconstruir, em frente ao cemitério, a igreja atual e o tribunal indígena) e 2 de uma família que visitamos em Zinancantan na apresentação dos seus costumes.