Maio é um nome estranho para uma ilha, mas apropriado para um lugar que nos parece parou no tempo, resta saber em Maio de que ano: parece antes da colonização quando chegamos a uma praia sem uma única pegada, ou no século XVII quando olhando do forte não vemos um único barco na baia mas imaginamos no horizonte ver surgir Sir Francis Drake, ou na década de 40 no século XX quando muitas destas casas viram pela última vez tinta e cimento.
Maio é um grande diamante em bruto, à primeira vista nem é feio nem bonito, é disforme, desconfortável, sem brilho, demasiado grande, demasiado bruto, com tudo por fazer, por construir, por organizar, é o ferry demasiado lento e irregular, os voos estão em risco de serem novamente cancelados, a pobreza da aldeias do interior, as estradas só interiores e as melhores praias ficam por descobrir, demasiadas casas degradadas e abandonadas, o mar demasiado revolto, a água que falta ou que custa demasiado a conseguir, e o "mamarracho" (mas isto é tópico para outro post).
Só depois se entranha, e quando começamos a ver o potencial, não o que é mas o que poderia ser, e acabamos a racionalizar o porquê de não ficar aqui o resto das nossas vidas.
Fotos 3 da praia da ponta preta vários Kms sem ninguém onde a areia parece neve, enterra-se até ao joelho, 9 da vila de Maio e da sua magnífica praia, 3 da calheta, 1 das dunas do Morrinho, 2 do pôr-do-sol na praia da vila.
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