domingo, maio 29, 2022

Split, uma cidade que se descasca às camadas

É isso mesmo, como uma cebola.

Por fora a camada mais rude da zona industrial e urbana, cruzada por viadutos, avenidas com muito trânsito e passeios que servem de estacionamento, é a parte da cidade que produz e não nos deixa pensar que esta é uma cidade-museu. Onde fica o museu arqueológico já destacado, o estádio do Split (primeira foto), as praias Bacvice, de que não gostei (segunda foto) e Kastelet (terceira foto), muito boa, e o parque Marjan o pulmão da cidade, a quarta foto é do  miradouro do parque. É fácil não gostar desta zona, é preciso procurar bem para achar algo agradável à vista.





A parte mais central da cidade é glamorosa e vive à volta da marina, do passeio marítimo e alguns edifícios renascentitas bem conservados. Fotos da praça Brace Radic, do teatro nacional, da igreja e mosteiro de S. Francisco, a praça do povo, a praça da República, a avenida pedonal Marmontova e o passeio marítimo com as esplanadas de frente para o mar. É fácil não gostar desta zona, é tudo demasiado caro, há demasiados turistas, principalmente demasiados acabados de sair do ferry, cruzeiro, iate, autocarro ou comboio (sim, tudo fica nesta zona) a arrastar malas e mochilas.







O verdadeiro centro histórico (o centro do centro) é o que está em volta do palácio de Diocleciano, precisamente para dentro das antigas portas da cidade (duas primeiras fotos são da porta de ferro e da porta de prata). As fotos seguintes são do templo de Júpiter transformado em batistério depois do sec. VII e a figura na pedra é a do primeiro rei croata (importante por ser a mais antiga representação de um rei croata), depois da entrada da catedral de S. Domnio, do seu interior (2) e da vista da sua torre, as duas últimas da entrada e interior do palácio de Diocleciano.

É fácil não gostar destes edifícios antigos onde é preciso pagar para entrar, da calçada torta onde não é difícil cair ou torcer um pé, de subir um monte de degraus estreitos e inclinados, de andar constantemente aos encontrões com enormes grupos de turistas em visita guiada e sem conseguir uma foto sem que alguém se coloque em frente.












Split é tudo isto e o conjunto é bem agradável. É fácil dizer mal de tudo o que está ligeiramente ao lado do que seria perfeito. Split não é perfeita e ainda bem, está muito bem assim.

Sem comentários: