quinta-feira, maio 11, 2006

Neruda

Ontem fui visitar a casa museu de Pablo Neruda em Santiago, já tinha visitado outra em Isla Negra. Visitar a casa de um escritor famoso não me atraí muito, não é como se ele tivesse escrito as suas obras pelas paredes da casa. Mas Neruda é mais do que um escritor, é um filósofo, e cada lugar por onde passou tornou-o especial. Vale a pena nem que seja para admirar as suas estranhas colecções e hábitos ou a originalidade da arquitectura. Confesso que não o li, mas mesmo assim sinto-me "desencaminhado" por ele. Este poema aplica-se que nem uma luva á minha situação actual:
Morre lentamente

"Morre lentamente quem não viaja, quem não lê,quem não ouve música,quem não encontra graça em si mesmo.
Morre lentamente quem destrói o seu amor-próprio,quem não se deixa ajudar,morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito,repetindo todos os dias os mesmos trajetos, quem não muda de marca,não se arrisca a vestir uma nova corou não conversa com quem não conhece.
Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru.
Morre lentamente quem evita uma paixão,quem prefere o negro sobre o branco e os pontos sobre os "is" em detrimento de um redemoínho de emoções,justamente as que resgatam o brilho dos olhos, sorrisos dos bocejos, corações aos tropeços e sentimentos.
Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho,quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho,quem não se permite pelo menos uma vez na vida a fugir dos conselhos sensatos.
Morre lentamente, quem passa os dias queixando-se da sua má sorte ou da chuva incessante.
Morre lentamente, quem abandona um projeto antes de iniciá-lo,não pergunta sobre um assunto que desconheceou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe.
Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior que o simples facto de respirar.
Somente a perseverança fará com que conquistemos um estágio pleno de felicidade"
Pablo Neruda
As duas primeiras fotos são da casa de Santiago, as outras da casa de Isla Negra.










3 comentários:

Anónimo disse...

Apesar de não escrever todos os dias, consulto sempre o teu blog para ler e ver as novidades que tens para nos contar.
Aprecio muito este momento logo de manhã, a forma como transmites as tuas emoções.... o teu entusiasmo...

Até 2ª, beijinhos
Cris

Anónimo disse...

Não concordo ;) … não concordo e não concordo ….. e não concordo …….. não concordo …..não concordo …..não concordo …..não concordo …..não concordo …..não concordo …..não concordo …..não concordo …..não concordo …..não concordo …..não concordo …..não concordo …..não concordo …..não concordo …..não concordo …..não concordo …..não concordo …..não concordo …..
PJC

Anónimo disse...

PÁRA TUDO!!! QUÊ? Primeiro começas a ouvir e a SENTIR o Jazz, depois fazes uma caminhada de 7 km (isto sim é um feito!) e agora vais visitar a casa do Neruda e trnscreves um poema? Estou confuso. Onde é que isto vai parar?...
Ainda bem que já estás a "viver" a tua viagem. Continua assim!
Grande Abraço,
Pedro Bernardes